sexta-feira, abril 26, 2013

Dissonâncias me angustiam.
Quero a harmonia tranquila dos afro sambas de Baden Powell,
a poesia apaixonada de Vinícius,
a harmonia clássica de Tom,
a água viva de Clarice,
o Achado de Saramago,
a redoma de vidro de Nin,
as camélias de Barbery,
as cartas de Rilke,
a desmesura de Hilst...



quinta-feira, abril 25, 2013

O tempo... essa coisa de Saturno.
É para sempre o tempo.
Seus desenhos únicos nas teias de nossos dias.

Talvez não haja justiça. Não, não há justiça! Mas há a beleza ímpar da tragédia.



El tiempo está después



Só de passagem

É uma lembrança esquálida, que se parece mais com um sonho... Mas sei que é real! Sei que andamos por aquela vila de casas na Vicente Machado; pés cuidadosos sobre as vigas do caminho; sua mão na minha, me guiando. Tão nobre  e gentil que mesmo me sabendo menina tratou-me como mulher.
Nunca esqueci esse dia, esse momento, sua nobreza! 

domingo, abril 14, 2013

sem caminho e sem tropeço

Veio sem caminho e sem tropeço.
Amei no começo.
Mas não lhe interessava o avesso.
Mandei devolver a Louis Vuitton e as Pumpers no seu nobre endereço.



Víbora - Sempre pode piorar

Era um de meus demônios.
O vestido preto, o salto que lhe fazia mulher, o sorriso fácil.
E  eu à sua espera, querendo cair e me perder.

Arrefeci meus limites. Desci.
Deparei-me com o cru. O desejo que já não sabe o que deseja. O grotesco. O veneno. Vivi o êxtase da rotina de exceções.

Como era de se esperar, a Víbora fez-se víbora . E ISSO é tudo que preciso dizer.

quarta-feira, abril 03, 2013

As ruas gritam seus demônios na madrugada, enquanto fico a tecê-los com a trama das palavras antes de se tornarem palavras.