segunda-feira, dezembro 20, 2010

Uma noite de TPM

Não sei se já me senti tão só.
Os enfeites de natal, o vai e vem de pessoas e carros...
E eu absolutamente só, andando pelas ruas.
Nenhum olhar de cumplicidade, nenhum sorriso acolhedor.
Hoje eu não tenho família.
Hoje eu não tenho ninguém.
Tenho sim uma saudade desmedida.
Saudade vã, daquelas que se sente sem o calor de um outro - mesmo que distante em algum lugar do mundo.
Saudade que me faz mensurar o como foi grande o tombo, e o amor é claro! 
Saudade que eu não entendo.

Ah! tem também o medo. 
Medo disso que chegou de repente, e rápido demais.
Medo porque da última vez doeu tanto... e as vezes tenho a impressão que ainda dói.
Medo que me faz recuar.
Sim, recuar!!
Eu que sempre fui destemida diante da paixão!
Pareço mais uma menina assustada buscando motivos para se esconder.

domingo, dezembro 19, 2010

O mistério das transformações...
e tudo me vem com tanta intensidade!
A palavra ainda não cabe.
São faíscas. Vulcões. Tempestades.

E eu vou vivendo...

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Do amor e suas pequenas mortes

Hoje dei de cara com o passado...
Aquele que me fez chorar tanto, como fosse o grande amor!!
Amor grande isso foi!!!
Feliz. Simpático. Seria capaz de passar horas com meu passado...
Mas que bom que é passado!
Bom não chorar quando eu chego em casa.
Bom não querer saber por onde vai.

Mas o melhor... é desejar (e ter) outra risada,
outro perfume,
outro beijo!!

Viver é bom demais!! Só não aproveita quem fica chorando pelos cantos! (mais do que o necessário!)

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Vícios Antigos

Viciada no labirinto de palavras, nos arroubos sem razão, na vaidade daquele amor;
relia as cartas diariamente,  sem entender.
Era quase uma obsessão.
Paulo, seu marido, já começava a irritar-se com os devanios da mulher sobre as folhas de papel.
E ela agoniada esperava que ele saisse para poder entregar-se às metonimias, aliterações, catacreses, metáforas e hipérboles - que coloriam o que lhe ia por dentro.
Sim porque lhe ia algo por dentro. Algo escondido. Um rio submerso. Caudaloso. Uma correnteza estagnada pela razão, pelo medo e por uma certeza cega de que estava fadada ao logro, a má sorte.

Encantadora de serpentes

Sigo aprendiz da arte de encantar serpentes.
Sempre em busca de um novo mistério. Algo que me desafie. Que me toque. Que me cale.
Intenções. Segredos. A linha de desejo do qual se tece o outro.
Sou antes encantada pela serpente para só depois encantá-la.

Sua pele tem um cheiro ainda indecifrado.
Suas noites um tempo que não sei mensurar.

Encantada pelo desconhecido,
vou sem medo!
... a volta que o mundo dá!!
e cá estamos....
A vida é boa!

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Letra sem melodia

Meu amor eu não sei como agir
estou tomada pela agonia da paixão
e você sabe quanta besteira eu posso fazer

Meu amor eu não sei como reagir
a sua falta
tento em vão
esquecer esse bem querer

Me deixe partir
apague as marcas na minha pele
saia das lembranças de tudo o que faço

Meu amor não sei se posso suportar
tenho bebido muito e no chão
ainda penso em sua boca ao adormecer

Meu amor eu não sei se posso repudiar o que sinto
apesar da ilusão
nosso amor foi maior e melhor que um entardecer

Me deixe partir
apague as marcas na minha pele
saia das lembranças de tudo o que faço


(em breve com melodia e voz!!)

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Tive os melhores cães que alguém pode ter.
Belos e amáveis em suas diferentes naturezas;
mas todos ferozes cães na guarda de seus amores humanos!!

Foram indo... De forma sofrida e esperada, abrupta ou silenciosamente.
Foram-se as três, em três anos.

Espero algum dia ser novamente merecedora de seres tão maravilhosos!! De seus afagos de lingua e olhar, de sua fidelidade leve e alegre, de suas recepções calorosas, de suas incansáveis brincadeiras, de suas personalidades tão amáveis!!

(Minha cidade está em penumbra...)



terça-feira, dezembro 07, 2010

A lâmina afiada da sua voz
reabre a ferida.
Saudade,
dor que lateja no silêncio do carro enquanto recorto o trânsito,
na falta de aventura diária no viver.

Lembranças. Apenas lembranças.

domingo, dezembro 05, 2010

Foi tanto... e para você  tão pouco!
Me dói tanto...
Melhor que eu me cale, que eu invente algo da dor.
Que eu não fale.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Ciúme

Ciúme é o seu perfume se espalhando pela noite.

Ciúme é o decote ousado escondendo o que não posso ter.

Ciúme é o pensamento tortuoso, a imaginação.

Ciúme é minha cama vazia.

Ciúme é seu pé acariciando outras pernas.

Ciúme são meus passos solitários onde vou.

Ciúme é falta.

Hoje, a sua falta.