sexta-feira, dezembro 14, 2012

A dama vadia

...E nem em seu encontro com a morte me tratou com amor.
Não sei se era desprezo o que me tinha, uma indiferença fria ou uma daquelas paixões inconfessáveis.
Acreditei no que eu podia. Era indiferença! Não poderia ser outra a dama que lhe tingia as palavras de descaso e os atos de desrespeito.
Ah sim, no sexo a dama vadia travestia-se em desejo e quase sempre me punha a acreditar que era outra.
... quase imortal que era, como se não morresse naturalmente, intervim! Porque era eu quem morria a cada silêncio, a cada desencontro, a cada entrelaçar de mãos na hora do gozo.

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Na nossa velha foto , já amarelada, a única sobrevivente de nossos incêndios e terremotos, você me sorri. Um sorriso de quase entrega, quase amor...
Passaram-se tantos anos e eu ainda estremeço quando lembro da sua mão em meu cabelo, dos seus dedos entrelaçados aos meus.
Mas confesso, envergonhada, que me rendi as impossibilidades, a uma trama já tecida e que não posso desfiar...
Sim me envergonho, porque tanto acreditei que não havia força maior que o amor!! Ingênua que sou; apaixonada pelas paixões.
Paguei caro pelas linhas, que em vão, tentei ultrapassar.
Vai, vai embora!

quarta-feira, outubro 31, 2012

Moscas


O real, escarrado a dois palmos do nariz, revirou-lhe o estômago. O amor, coberto de moscas, passado que estava, que era, que sempre fora!


Do inexplicável, do especial e do amor que antes houvera sido restou apenas o amargo da mentira...

sábado, setembro 22, 2012

Não te levo mais a lugares distantes.
Não sou novidade.
Não sou aventura.
Sou enjôo.
Sou tortura da memória que insiste em voltar,
a verdade incômoda,
o grito mudo,
a madrugada amanhecida.


 

quarta-feira, julho 11, 2012

Preciso urgentemente encarar-me no espelho.
Me fazer perguntas.
Ouvir finalmente minhas respostas.
Sabe mais da dor que me impede a passagem.
Talvez eu não dê conta da minha fragilidade e faça pequenos cortes dos estilhaços de mim.
Talvez eu não consiga.
Com certeza tentarei ainda mais uma vez.

quinta-feira, junho 14, 2012

Jogo de respostas!

Uma imensa vontade de partir... a dor da falta.
Descrença... um amor que insiste em se fazer sentir.
Desapego... saudade.
O tempo... há coisas que nem mesmo ele pode mudar.

segunda-feira, março 26, 2012

Ainda tento tocar o centro dessa ressurgência... Saber do que é feita. Por que me faz desejo e amor. Por que não seca.