sexta-feira, dezembro 14, 2012

A dama vadia

...E nem em seu encontro com a morte me tratou com amor.
Não sei se era desprezo o que me tinha, uma indiferença fria ou uma daquelas paixões inconfessáveis.
Acreditei no que eu podia. Era indiferença! Não poderia ser outra a dama que lhe tingia as palavras de descaso e os atos de desrespeito.
Ah sim, no sexo a dama vadia travestia-se em desejo e quase sempre me punha a acreditar que era outra.
... quase imortal que era, como se não morresse naturalmente, intervim! Porque era eu quem morria a cada silêncio, a cada desencontro, a cada entrelaçar de mãos na hora do gozo.

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