sábado, julho 23, 2005
MUNDINHO
Vivo em uma bolha.
Fora dela, crianças crescem seus dias na chuva. Não aquelas de verão, encharcam-se da obrigação dos centavos do trânsito. Não conhecerão nunca o calor e sabor dos bolinhos de chuva da Vó...
Fora dela, mas próximo do bar da esquina, o chinês magro de carnes, derrama seu óleo sujo e quente no cachorro do homem que perambula na rua. Nada lhe havia feito, apenas abanava o rabo e latia em euforia. Agora o homem perambula só, sem o o sorriso e o querer bem de seu único amigo.
quinta-feira, julho 14, 2005
MUDAR
Encaixoto minhas histórias,
Visto o tempo ,
Encontro e jogo fora o que já não existe,
Enterneço-me diante das fotos de infância, quase sem acreditar que já fui aquela coisinha ...
Suo no sobe e desce das coisas que não acabam nunca!!
Estremeço pensando no que virá;
A casa nova,
As gavetas vazias,
e tantas outras cheias do que não é meu!!
O caminhão parte levando
Em sua câmara escura Minha vida;
Guardada , aquecida, esquecida de mim .
Poderia agora correr e tomar outro rumo
Começar de novo, sem aquela que partiu no caminhão.
Quem sabe alguém pudesse encontrá-la – a minha vida - e retomá-la de onde parei?
Quem sabe aquela calça que usava quando vi pela primeira vez a morte, viva melhores momentos em outras pernas? O casaco de pele – herança de minha mãe – passeie mais vezes, os livros se percam em algum sebo, e o porta retrato com a foto do meu cachorro se quebre... Uma outra mulher vivendo com minhas coisas, seria apenas um arremedo de mim.
Espero mesmo é que o seu José não corra muito, vai que quebra alguma coisa!!
Visto o tempo ,
Encontro e jogo fora o que já não existe,
Enterneço-me diante das fotos de infância, quase sem acreditar que já fui aquela coisinha ...
Suo no sobe e desce das coisas que não acabam nunca!!
Estremeço pensando no que virá;
A casa nova,
As gavetas vazias,
e tantas outras cheias do que não é meu!!
O caminhão parte levando
Em sua câmara escura Minha vida;
Guardada , aquecida, esquecida de mim .
Poderia agora correr e tomar outro rumo
Começar de novo, sem aquela que partiu no caminhão.
Quem sabe alguém pudesse encontrá-la – a minha vida - e retomá-la de onde parei?
Quem sabe aquela calça que usava quando vi pela primeira vez a morte, viva melhores momentos em outras pernas? O casaco de pele – herança de minha mãe – passeie mais vezes, os livros se percam em algum sebo, e o porta retrato com a foto do meu cachorro se quebre... Uma outra mulher vivendo com minhas coisas, seria apenas um arremedo de mim.
Espero mesmo é que o seu José não corra muito, vai que quebra alguma coisa!!
domingo, julho 03, 2005
COISA DE INFÂNCIA
sexta-feira, julho 01, 2005
PUTREFATO HUMANO
A bomba humana caminha e caminhando emite seus gases pútreos.
No rosto amassado, vincado e feio, nem um sinal de vergonha ou crime.
Passeia sem culpa a bomba humana.
A voz de taquara vocifera contra tudo e todos.
Vocifera ignorante!
Vocifera e deixa claro tua falta de conhecimento e elegância.
Vocifera teus fonemas equivocados deixando um lastro de escárnio... .
No rosto amassado, vincado e feio, nem um sinal de vergonha ou crime.
Passeia sem culpa a bomba humana.
A voz de taquara vocifera contra tudo e todos.
Vocifera ignorante!
Vocifera e deixa claro tua falta de conhecimento e elegância.
Vocifera teus fonemas equivocados deixando um lastro de escárnio... .
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