sábado, dezembro 24, 2005

...PARA O MUNDO, COM VOCÊ!


"Se você quiser vou te dar uma amor desses de cinema...
Se você quiser eu largo tudo e vou para o mundo com você meu bem!"

quarta-feira, dezembro 21, 2005

"...he visto una luz al otro lado del rio"


Mas que amor de cachorrinha!
Pode haver coisa no mundo
Mais linda, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha Remexendo a traseirinha?
Vinicius de Morais

ATAME

Me prenda. Deixe-me a salvo de minha sede. Porque cresci no deserto e sinto que não vou me conter diante de tudo que a vida me apresenta.
Há um desejo marginal que me chama. Uma vontade de sair de mim e do mundo.
Uma camiseta branca, calça jeans e all star vermelho...

domingo, dezembro 18, 2005

TEMPO DA DELICADEZA

Hoje amanheci com sensação de amores.
Do primeiro,
O desassossego feliz. Desassossego de não ser correspondida, felicidade de estar para o amor.
De outros,
Mazelas de paixão desenfreada, desespero de nunca mais, soluços intermináveis no corredor do apartamento, festas, mar, ímpetos incontroláveis atrás da porta, liberdade para o que vier, a primeira vez com delicadeza para alguém.
Do agora,
Iemanjá descontente com meu vestido vermelho. O amor denso, calmo, intenso no olhar , na escuta e na voz. Voz que não além da palavra , que depois de tanto tempo, ainda sussurra, como uma primeira vez seus deleites de alcova.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

O QUE SERÁ


Pena de ganso

Boca de Sapo

Pé de coelho

Olho de gato


O que será que te dá?
Será a aurora dos tempos gritando em suas veias?
Você, ser primitivo
de fogueiras e flechas,
caçadas e fugas.

Ou Será a tua vontade de parar o tempo,
de imortalizar o que se vai?

Não. Deve ser a vontade de reter,
de ter e poder. Claro! Deve ser isso;
tão belos, tão livres, tão raros, tão caros..
Tudo o que você queria ser!

domingo, dezembro 04, 2005

SONETO DO AMOR TOTAL



Amo-te tanto, meu amor... não cante o humano coração com mais verdade... Amo-te como amigo e como amante numa sempre diversa realidade. Amo-te afim, de um calmo amor prestante, E te amo além, presente na saudade. Amo-te, enfim, com grande liberdade dentro da eternidade e a cada instante. Amo-te como um bicho, simplesmente, de um amor sem mistério e sem virtude, com um desejo maciço e permanente. E de te amar assim muito amiúde, é que um dia em teu corpo, de repente, hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinicius de Moraes


SAUDADES DA NOSSA

Meu Vapor Barato é tanta lembrança!

Fui tanta coisa e hoje me pareço impossível...

Cansei, fui embora.

Encontrei mais aconchego e felicidade sendo APENAS real!!!

Unica certeza; acabar com a tristeza!

terça-feira, novembro 22, 2005

SIMPLES

Quero a alegria simples da chuva em dia de calor.
Desejo apenas uma boa música, amigos que dancem
comigo e uma bela manhã para receber em casa!!

O resto? Dá-se um jeito!

sexta-feira, novembro 04, 2005

FRÁGIL DAMA

“É fácil não querer saber, ter medo e fugir
Ser um personagem distante
É fácil beijar quem pouco te mexe
O difícil é tremer
Desejar demais, arder em febre
Ter medo do que não se conhece
De descontrolar-se, de se perder, de se esquecer
Mas seguir adiante
Gelar as mãos
Suar o rosto corado de sangue
Ridicularizar-se
Palpitar o coração
Expor-se frágil dama, sendo homem ou mulher, às dolorosas boas penas
Se dar e às vezes se jogar a um desconhecido qualquer
Num gosto antídoto, intenso
Gostar do atrevimento e do profundo irrompendo
Fazendo-se viver realmente em dobro
Perceber o que não se fazia perceber
É um cisco o provisório demais
Não ser radical e inteiro ao que pode o bem
O bom mesmo é viver a generosidade da entrega...
...
Num susto se percebe docemente que agora existe Um único sentido
Uma resposta em nenhuma pergunta
Tudo se torna de
Das intensidades do amor que vão da angústia à felicidade
E é talvez a única arte que a arte transmita ao homem em sua total integridade"

Vanessa da Mata

domingo, outubro 30, 2005

CORTINAS DE OUTRORA

Da temporada de bidês para temporada de cortinas...
Elas ainda se incendeiam sem que ninguém perceba.
Ainda é meu o olhar -em si mesmado- de quem não sabe o que falar.

Em tese, continuo com 25!
Mas o real não perdoa
e me impõe o espelho e meu reflexo que se inicia nas rugas.

domingo, outubro 16, 2005

Os bidês de outrora

O sonho daquele dia... cômodos vazios, paredes esperando por nossas histórias:
a vida em construção.
Sensações do que deveria acabar entre mim e você, ou entre mim e esse outro??

Vinte e quatro horas separam nossa insânia, insones fantasmas...
Não sei se sonho em eco ou pelo que silenciava.
O corpo acorda confuso.
Que ano é esse?
O bidê já não é aquele de outrora.
O tempo passou e ainda tenho a sensação de que a velhice nos espera.

domingo, outubro 09, 2005

MEU VAPOR BARATO

"Amanecía en leblon
Su boquita no paraba de hablar
Era esa menina preciosa perdida ojos rojos de tanto fumar
Las pestañas de carmen, la cintura de rita,Por atrás marilyn, el cabello de gilda, el dolor de natashaLa voz de dolores, la sonrisa de ella
No manejaba bm’s tan sólo tenía un planeador
Pura macoña encendida en las puertas de su corazónY se reía y reía y mezclaba pastillas
Le daba comida al dolor
Era de flores la casa paterna por fin se cayó
Todo el mundo a la calle a buscarse la vida
La concha e’su madre la vida empezó
Hoy con un hijo mañana con otro y ese don de eludirY esa boca carnosa, divina, hermosa
Que no se podía resistirFebrero de 2001 un chulazo carioca
En el centro la vioLe puso un bondi hasta río, un poco de coca,
Promesas de amor15 preciosos añitos bajo ese pantalónY era toda poesía, nena hermosa, clandestina,Se dormía todo el día y soñaba en argentina,Sus perros, sus amigas, con solari, con su tía,De anfetaminas"

E ERA ASSIM...

Me apaixonei!!
Os olhos perdidos em não sei onde
aquela vontade do tempo arrastado
a falta de bom senso
ter mais de trinta parecendo quinze!!

Mas toda a vida - quando se tem quinze - dura pouco mais de um mês...

sábado, setembro 24, 2005

IDADE

Não sei qual a idade.
Sei que o ano dura menos e o natal não tem o mesmo glamour das festas pós-família até o amanhecer.
Sei que meu cachorro envelheceu e ainda que continue brincando e correndo comigo pela casa, seus olhos esbranquiçados e os pêlos brancos me fazem lembrar a toda hora da que se vai.
Sei que já não canto.
Sei que as folhas tem menos palavras do que gostaria.

Agora as noites são mais dormidas.
Arrisco menos porque já não creio em paixões miraculosas.
Acredito sim, no dia que nasce e impõe suas, ou minhas, necessidades.
E apesar de disso tudo parece as vezes que sou feliz.

sexta-feira, setembro 16, 2005

Tenho visto e conversado com pessoas...
Não são pessoas quaisquer.
Levam nos olhos a imagem do sonho do que imaginei que seria.

Sabe lá o peso disso??
Por que ninguém de nós é exatamente o que quis ser! e a gente bem que merecia...

sábado, agosto 27, 2005

Beber a vida num trago, e nesse trago Todas as sensações que a vida dá Em todas as suas formas [...] ..................................................................... Dantes eu queria Embeber-me nas árvores, nas flores, Sonhar nas rochas, mares, solidões. Hoje não, fujo dessa idéia louca: Tudo o que me aproxima do mistério Confrange-me de horror. Quero hoje apenas Sensações, muitas, muitas sensações, De tudo, de todos neste mundo — humanas, Não outras de delírios panteístas Mas sim perpétuos choques de prazer Mudando sempre, Guardando forte a personalidade Para sintetizá-las num sentir. Quero Afogar em bulício, em luz, em vozes, — Tumultuárias [cousas] usuais — o sentimento da desolação Que me enche e me avassala. Folgaria De encher num dia, [...] num trago, A medida dos vícios, inda mesmo Que fosse condenado eternamente — Loucura! — ao tal inferno, A um inferno real. Fernando Pessoa

domingo, agosto 21, 2005

Tinha que existir uma pintura totalmente
livre da dependência da figura – o objeto – que,
como a música, não ilustra coisa
alguma, não conta uma história e não lança
um mito. Tal pintura contenta-se em evocar
os reinos incomunicáveis do espírito,
onde o sonho se torna pensamento, onde o
traço se torna existência.
Michel Seuphor

quinta-feira, agosto 18, 2005

KAiSER

Tudo bem que a CERVEJA Kaiser não é lá grande coisa...
Mas merece congratulações!
De algum tempo para cá, na verdade muito tempo, o nível publicitário das cervejas foi a zero.
Fala sério: tatuíra, mulher pelada, cabeça cheia de manés engravatados que expeguimentam (opa isso foi em outra época!) ter uma idéia, ou melhor, tentam.... Não dá né!!
Ontem a noite tive uma surpresa, a Kaiser lançou uma propaganda criativa e sensível!
Tomara que as outras copiem!

terça-feira, agosto 09, 2005

Sob a ótica: a palavra

Estive pensando sobre o antigo sonho de estudar semiótica e linguistica...
Melhor deixar como está;
o que vejo permanece calado na retina,
de quando em quando
o vento transita e espalha imagens e palavras
dispondo a quem queira arriscar
o meu quebra cabeça,
as minhas palavras cruzadas.
Eu? As tenho coladas na retina
e se não decifro,
devoro-me!

sábado, julho 23, 2005

MUNDINHO



Vivo em uma bolha.

Fora dela, crianças crescem seus dias na chuva. Não aquelas de verão, encharcam-se da obrigação dos centavos do trânsito. Não conhecerão nunca o calor e sabor dos bolinhos de chuva da Vó...

Fora dela, mas próximo do bar da esquina, o chinês magro de carnes, derrama seu óleo sujo e quente no cachorro do homem que perambula na rua. Nada lhe havia feito, apenas abanava o rabo e latia em euforia. Agora o homem perambula só, sem o o sorriso e o querer bem de seu único amigo.

quinta-feira, julho 14, 2005

MUDAR

Encaixoto minhas histórias,
Visto o tempo ,
Encontro e jogo fora o que já não existe,
Enterneço-me diante das fotos de infância, quase sem acreditar que já fui aquela coisinha ...
Suo no sobe e desce das coisas que não acabam nunca!!
Estremeço pensando no que virá;
A casa nova,
As gavetas vazias,
e tantas outras cheias do que não é meu!!

O caminhão parte levando
Em sua câmara escura Minha vida;
Guardada , aquecida, esquecida de mim .
Poderia agora correr e tomar outro rumo
Começar de novo, sem aquela que partiu no caminhão.
Quem sabe alguém pudesse encontrá-la – a minha vida - e retomá-la de onde parei?
Quem sabe aquela calça que usava quando vi pela primeira vez a morte, viva melhores momentos em outras pernas? O casaco de pele – herança de minha mãe – passeie mais vezes, os livros se percam em algum sebo, e o porta retrato com a foto do meu cachorro se quebre... Uma outra mulher vivendo com minhas coisas, seria apenas um arremedo de mim.

Espero mesmo é que o seu José não corra muito, vai que quebra alguma coisa!!

domingo, julho 03, 2005

COISA DE INFÂNCIA


Era isso,
Esse tempo no meio da noite...
Olhar e deparar-me com o olhar não humano, "quase" animal.
Olhar de cão que fala. Fala pelo tempo em que mantém o olhar.
Fui feliz na infância imaginando o dia em que isso,
esse olhar,
aconteceria.
Hoje tenho o tempo do olhar de um cão.

sexta-feira, julho 01, 2005

PUTREFATO HUMANO

A bomba humana caminha e caminhando emite seus gases pútreos.
No rosto amassado, vincado e feio, nem um sinal de vergonha ou crime.
Passeia sem culpa a bomba humana.

A voz de taquara vocifera contra tudo e todos.
Vocifera ignorante!
Vocifera e deixa claro tua falta de conhecimento e elegância.
Vocifera teus fonemas equivocados deixando um lastro de escárnio... .

segunda-feira, junho 27, 2005

QUANDO DER TEMPO

Tão atribulada;
corro, ergo peso, produzo fantasias alheias, transcrevo discursos, visito mãe, rebebo meu pai, vou a festas, viajo, encontro amigos...
e de mim já nem sei.
Não sei dizer se estou bem, apenas estou. No ritmo que criei, ou criou-se em torno de minhas atividades.

Temo que essa ignorância me custe caro.

quinta-feira, maio 12, 2005

O PESO DA ANCESTRALIDADE


Enquanto todos dormem
aqui estou...


Venho do tormento de ser mulher nascida em família de pai Árabe e mãe submissa.
Vim para ocupar um pequeno lugar,
Um intervalo entre o trabalho e o prazer.

Desapontando a todos, não fui capaz de caber ali...
Expliquei a meu pai que todo ouro transformaria em prazeres,
À minha mãe, que sentia muito mas precisava ver além dos limites impostos pelos seus dogmas.

quarta-feira, maio 11, 2005

O FIO DE MINHA LOUCURA

O meu grande amor?...
Fio da loucura
Minotauro jamais encontrando Ariadne,

O Impossível
Repetidamente impossível

Desejo que encontra saciedade
no não saciar

domingo, maio 08, 2005

UM DIA UM CÃO


Não tenho jeito com as palavras. Elas deslizam pelos significantes, velam-se em desejos...
Sim , em sonhos elas me aparecem- como fantasmas que retornam à antiga casa. Propõe-me seus enigmas, e quando acordo , tento - em vão - decifrar-lhe as cifras; dividas pendentes , máscaras , rostos aparentemente esquecidos.
A palavra me exige...
O corpo reage; uma intensa vontade de vomitar.
Mas a palavra não vem. Na verdade tenho medo do que possa vir a dizer. Confesso: um minuto a mais e eu teria dito tudo.
Meu cachorro acorda; caminha lentamente , ainda preguiçoso ergue-se e escora-se em minhas pernas, com um brilho nos olhinhos cães me diz bom dia. Será que ele também sonha?? As vezes enquanto dorme eu o observo; mexe-se e rosna , soltando latidos roucos. Talvez algum intruso , que ele ferozmente, expulsa.
Mas isso é o que eu digo... Cachorros não têm palavras. E ao colocá-las em sua boca faço dele a minha sombra.
Um intruso? Talvez exista. Um intruso é sempre uma ameaça.
Talvez seja Prometeu , acenando-me o fogo do saber...

JOGOS

Sentava-me à mesa com você quando pequena e sobre o pano verde explicava-me nas cartas as regras do jogo.
Jogávamos as duas, e se deixava-me ganhar era apenas para que eu soubesse porque se joga. Assim, em horas de infância, aprendi a espera árdua das seqüências, o encanto fugaz de cartas repetidas e os disfarces do desejo.
Foi a visão do mistério que me levou para além daquela mesa. O imponderável, neste caso a sorte, foi o fim das horas de infância.
Sem querer aceitar a falta de matemática do jogo, perdi e me perdi muitas vezes jogando em outras mesas. E perderia sempre, se sua dor calada não me tivesse gritado que é esse o grande encanto: há algo mais do que a lógica, é a correnteza do mistério que carrega a leveza do desejo.

DE PASSAGEM

Acordo sem vontade de fazê-lo.

Melhor seria passar os dias dormirndo
Passar, sem que eles me atravessem
Passar em ausência.
Pois viver os dias me obriga a saber de mim
de onde e por que vim.

domingo, março 13, 2005

QUARESMA

Vontade de amar
de amanhecer suando
de paixão avassaladora tirando tudo do lugar!!

Vontade de me perder
de não saber mais como voltar
de dias perdidos na lembrança de um cheiro

Vontade de corpo
de você sorrindo
do "nós" se diluindo...

Vontade de língua mais do que palavra!

Na voz do Chico:
"Nunca é tarde, nunca é demais. Onde estou, onde estás... Meu amor, vem me buscar!
O meu destino é caminhar assim, desesperada e nua, sabendo que no fim da noite serei tua. Deixa eu te proteger do mal, dos medos e da chuva.
Acumulando de prazeres teu leito de viúva...
Vamos ceder enfim à tentação das nossas bocas cruas
e mergulhar no poço escuro de nós
Vamos viver agonizando uma paixão vadia, maravilhosa e transbordante,
como uma hemorragia.."

sábado, março 12, 2005

AS FÚRIAS


Não sei o que me toma. O quê não cabe.
Torno-me ira. Não reconheço valores ou qualquer autoridade.
O poder pleno em meu pulsar me dá direitos!
Nasci da consciência, do sangue derramado pelo tempo ao fazer valer sua idade.

Amo o mistério e o enlouquecer lento das incertezas diárias
.

quinta-feira, março 03, 2005

DA MINHA LIBERDADE


Há quem se renuncie por incapacidade de acolher o próprio desejo
Há quem perpetue enganos certeiros e por eles sofra - “agora e sempre”
Há quem viva a história de seus pais e vingue isso ou aquilo...
Há quem não saiba mais o motivo e desista na metade
Há quem se satisfaça com metade
Há quem não queira

Eu, particularmente, tenho um desejo profundo de ir além.
Nariz arrebitado, peito arrebatado...
Se não fosse você segurar minha mão, já teria partido,
desaparecido naquele escuro de mim.
Não deixe de vir, acenda as luzes, alimente meu cão,
Diga que me ama.
Só assim, sobreviverei à fome eterna,
aos pesadelos diurnos,
às fúrias, que de quando em quando,
habitam-me com seus enigmas, fazendo-me perder o rumo

terça-feira, março 01, 2005

SEGUNDA FEIRA

É segunda feira,

mas meu corpo inquieto tem ainda a sede da sexta.

A sede dos pensamentos livres, do acordar espontâneo, do corpo inteiro, do dia azul, do cão que late pedindo sol.

Que o deus dos sujeitos desejantes alivie meu tormento!!

Que o casaço trazido pela seqüência de segunda a sexta se apazigúe na terça, numa conversa de amigos ou em uma mesa de bar.

Não qualquer amigo e nem qualquer embriagues. Quero sim aquele capaz de me ver fraca... Quero o olho no olho, a verdade incauta, a sobriedade perdida.

Cadê você, que parece ainda ontem se sentava aqui, nessa mesa, em frente a minha janela, deixando que a vida deslizasse no verbo?

Onde estarei eu?

Que tempo é esse que fez de nós trabalhadores assíduos, esquecidos do gozo e da festa?

Ninguém nos disse!!

Não avisaram que o desejo impõe o mal estar em "estar" na civilização!

Que Dionísio me perdoe, mas preciso trabalhar amanhã bem cedo.