segunda-feira, julho 22, 2013

Um desassossego feito febre.
Um tatear de espaços e disposições.
Um caminho sem volta,
uma curva que não me oferece abrigo mas que me expõe aos perigos da queda.

Sigo.
Sei dessa morte por trás do fim de todas as coisas
e ainda que me cause  medo,
não me impede de seguir.
Porque o abismo desperta em mim todos os instintos,
como se o perigo me fizesse ver melhor os fios que se enlaçam em nó
e me sustentam ou sufocam.

quarta-feira, julho 17, 2013

Trígonos exatos

Não sei dizer ao certo ...
Talvez eu tenha perdido a clareza dos contornos, a escuta apurada para os silêncios...
Ou apenas tenha me cansado do desafio dispendioso de desenterrar tesouros.

Aprendi que memória as vezes é também o passado.


sábado, julho 13, 2013

PRETO CAFÉ

Materializou-se ali,
vestida com as infinitas possibilidades do encontro.
No olhar o arrebatamento da paixão,
no movimento uma leveza fluída.

Preto café existencialista de futuras manhãs.


Observei-a - incrédula e feliz - fumando seu cigarro.