domingo, julho 31, 2011

... de partir e de ir! (Parte I)

E os dias, há muito, já não eram os mesmos. A rotina de casa, escola das ciranças, trabalho e casa perdiam o sentido na medida em que faltava em casa o imprescindivel.
Pesava-lhe a felicidade dos dias passados. A cumplicidade das decisões que tomaram juntos. Os frutos do amor vivido...
Do presente apenas o medo. Medo do que não podia mensurar. O novo. O salto. O abismo. O desejo enfim...
Parada ali, na curva do caminho, chorava distâncias não percorridas, a realidade estagnada e o barco, partido... de partir e de ir!

quinta-feira, julho 28, 2011

E  então fez-se o vento...
Varreu com fúria o que cobria aquela relação, ainda pulsante.
Fez descoberto e visível o que os olhos, em devaneio de amor, não puderam ver.
E a mulher, sozinha  em sua sacada, sentiu doer como nunca...
Dor de engano... Usada, da pior forma; como aquilo que ocupa um espaço apenas porque não há nada nada melhor que o ocupe. Nada que o ocupe!
Contraiu-se sobre o ventre, e se deixou ficar ali, na ventania até que tudo fosse.
Deixou-se ficar ali até que tudo fosse o que já não é.