quarta-feira, dezembro 30, 2009

O QUE HOUVE DE MAIS NA MINHA VIDA

Não peço que ninguém entenda...
Mas chegar em casa, querendo acolhimento e amor...
Pensando naquele seu toquinho, quase rabo, que abanava sempre para mim, e ao invés dos seus olhos sorridentes encontrar a escuridão...
Tanta saudade!! E por tanto tempo calei tudo isso!
Desde o primeiro momento, até mesmo na intenção... você mexeu comigo.
Não é certo que a gente não tenha morrido junto!! Porque na chegada estavam lá, estreando na vida duas sujeitinhas!!!
Me disse da fidelidade, do amor, da liberdade e do desejo de ir por aí apesar dos laços...
Aprendi a amar. Uma familia inteira na verdade aprendeu.
Amei-te como um bicho... simplesmente. E sem palavras combinamos o que da vida e da morte queriamos uma da outra... Enquanto paria fui o colo, a mão, que silenciosamente (como sempre foi da gente) te amparava. Para que no (seu) fim eu pudesse estar ao lado, virando as noites, esquecendo de mim como nunca jamais havia esquecido...
Te devo tanto, tanto!!

Eu devo ser bem linda (como dizem alguns amigos e amores) para merecer ter tido o melhor cão do mundo!!!
ouvindo " A cachorrinha" de Vinicius de Moraes

terça-feira, dezembro 29, 2009

As coisinhas de 2009

2009 não foi um ano fácil...
Perdi pessoas e "quase" pessoas que amava, terminei relações que pareciam para sempre, me entristeci com alguns amigos, perdi algumas ilusões profissionais.
Claro que nem tudo foi assim tão duro... Porque há sempre o bom e o mau em todas as coisas!
O trabalho me trouxe novos desafios, me trouxe convivência com pessoas que não teriam conhecido e que fazem meu dia a dia mais feliz.
Aqueles amigos me fizeram perceber que algumas amizades, as que duram uma vida, ultrapassam ideais e convivem com as diferenças de opinião e momento sem abalar o amor.
O fim das relações aparentemente eternas me trouxe de novo o gosto pelo novo, pela aventura e pela paixão. E assim, vivi possíveis novos amores, deixei partirem tantos outros e me reconheci uma nova mulher.
Os que perdi... bom esses deixaram muita saudade, as vezes tanta que nem sei dizer... Mas deixaram a certeza de que vale a pena se entregar ao amor e a vida!

sábado, dezembro 26, 2009

TRANSAR É CONVERSAR


Nas linhas tênues do seu corpo
encontro as respostas para as perguntas que ainda não fiz.
Nos movimentos cadenciados que faz enquanto transamos
descubro seu tempo para as coisas.
Nas palavras susurradas
encontro a medida exata para suas culpas e pudores.
Na força que suas mãos imprimem em meu corpo
descubro-te intensa e delicada.
Nas costas tatuadas
seu passado fala de como chegou até aqui.
E assim, passamos as noites, conversando sobre o que somos, o que fomos e construindo o que poderemos ser.

terça-feira, dezembro 22, 2009

IMPULSIVA
















EXILIO

Exilada de mim, sigo. Não tenho referência que me defina, não tenho bússola que me norteie.
Estou presa em minha cilada. Cilada feita de arrogância e vaidade.
Me diga como. Me diga o que poderá me fazer voltar. Me ensine a por palavras onde não há. Porque eu não sei e estou morrendo de saudade de mim.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

EU PRECISO QUE O DEUS VENHA

Exigida pela urgência. Urgência de encontrar-se. De saber exatamente quem eu sou, sem enfeites ou adornos. Sim, desde já me assusto ao descobrir que nem tudo em mim é belo: há egoísmo, vaidade e outras feiúras.
Preciso urgentemente agir com verdade comigo. Traio-me diariamente; nas frases mal ditas, nos olhares evasivos, na embriaguês inconsequente, na falta de memória.
Como diaria Lispector "eu preciso que o deus venha, antes que seja tarde demais!"
(ouvindo Buscome - Bebe www.youtube.com/watch?v=8Sb19Pjdt70)

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Espocos de vento

Pequenas explosões clareavam o céu enquanto solitária caminhava noite adentro.
Para onde? Nem ela sabia. Sabia apenas que deveria seguir, sem bússola ou companheiros de viagem.
Caminharia até que algo lhe exigisse, com urgência, que era assim que gostava; sentimentos intensos que não podem esperar, âncoras firmes às suas necessidades.
Enquanto não houvesse urgência viveria aqui e ali, livre...