É segunda feira,
mas meu corpo inquieto tem ainda a sede da sexta.
A sede dos pensamentos livres, do acordar espontâneo, do corpo inteiro, do dia azul, do cão que late pedindo sol.
Que o deus dos sujeitos desejantes alivie meu tormento!!
Que o casaço trazido pela seqüência de segunda a sexta se apazigúe na terça, numa conversa de amigos ou em uma mesa de bar.
Não qualquer amigo e nem qualquer embriagues. Quero sim aquele capaz de me ver fraca... Quero o olho no olho, a verdade incauta, a sobriedade perdida.
Cadê você, que parece ainda ontem se sentava aqui, nessa mesa, em frente a minha janela, deixando que a vida deslizasse no verbo?
Onde estarei eu?
Que tempo é esse que fez de nós trabalhadores assíduos, esquecidos do gozo e da festa?
Ninguém nos disse!!
Não avisaram que o desejo impõe o mal estar em "estar" na civilização!
Que Dionísio me perdoe, mas preciso trabalhar amanhã bem cedo.
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