sexta-feira, janeiro 20, 2006

AS HORAS

Vontade de chorar as HORAS.
Vontade de ter uma mão que segure a minha. Vontade de aceitar a vida. Vontade de ser mais suave e aprender a leveza no amar. Vontade de amar, construir... E tudo isso exige-me estar viva! Ter os olhos bertos, o olfato aguçado para palavras que hão de vir. Não pensei que sentiria de novo essa >"descontrução". Essa falta de chão que é o fim do amor. Essas infinitas possibilidades, todas, abertas à minha frente e no fundo, uma certa amargura por saber que nem sempre será assim. As horas... Em fim, como se arrepender do que é minha única possibilidade?!
Medo do próximo encontro. Medo de não mais encontro. Tanto medo que nem te conto! Será que eu sobrevivo?
Não sonho com serpentes. Sonho com baleias, três, nadando em águas claras, ao alcance dos meus olhos, que se espantam com a falta de espanto do mundo ao redor. Os mesmos olhos que por tanto tempo permaneceram cegos pelo horror! Quero novamente os banhos de chuva, os rios e suas quedas d 'água, o mar e suas sereias, o calor do fogo, a segurança da terra, a liberdade do vento. Quero de novo a vida.

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