quinta-feira, junho 02, 2011

Há vida em meus planetas...

Fecho os olhos na tentativa de esquecer que não há nada abaixo dos meus pés...
O vento frio corta minha boca, leva para longe qualquer palavra que defina o que vem a seguir.
Silenciosamente, em pensamento apenas, peço proteção aos deuses:
que Saturno me dê a gravidade necessária;
de Jupiter quero a crença de ser bela a trama que as Moiras me fizeram;
Marte, meu pai, preciso de tua audácia e coragem!
Do Sol quero a presença... porque em mim há escuridão.
De Vênus, não só o amor... Quero amor com luxúria!
A leveza do renascer, as asas da morte, que me venham de Mercúrio, mesmo que apenas em palavras.
A lua é mais que o desejo de que tudo isso tenha acontecido ontem ... É ela que me fecha os olhos. É ela que me faz caminhar em direção ao abismo! E borboletas nascem dentro de mim! Minha voz, solta, celebra a vida...

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