... e o que sinto, não é isso, nem aquilo... Por mais que tente, não consigo fazê-lo caber no que me é conhecido.
É demasiado inquieto para as vidraças do amor, volátil, escapa por suas frestas, perdendo-se no ar. Arde em demasia e inflama a matéria de que se tece a amizade. Escorrega sorrateiro pelos vãos das grades da paixão, antes que lhe sufoque e mate.
Que vá livre como veio, sem nome que o defina, sem palavra que lhe roube o encanto!
quinta-feira, abril 29, 2010
Com sua permissão
Permita olhar para você... Apenas olhar. Para que veja o exato momento em que seus olhos se iluminam, em que as palavras fazem estremecer.
Permita andar ao seu lado para que o vento me traga de vez em quando seu cheiro. Cheiro que ainda não apreendi, que em mim não se fez palavra.
Permita que me encante com sua risada; profunda, propagando-se sem culpa!
Permita desejar seu corpo. E se não puder transformar o desejo ao longo de uma noite em suor e prazer, tenho ainda gravadas suas reações aos toques e sussurros...
Permita que eu fale qualquer coisa cotidiana.
Permita que eu entre.
Permita que eu fique!
Permita andar ao seu lado para que o vento me traga de vez em quando seu cheiro. Cheiro que ainda não apreendi, que em mim não se fez palavra.
Permita que me encante com sua risada; profunda, propagando-se sem culpa!
Permita desejar seu corpo. E se não puder transformar o desejo ao longo de uma noite em suor e prazer, tenho ainda gravadas suas reações aos toques e sussurros...
Permita que eu fale qualquer coisa cotidiana.
Permita que eu entre.
Permita que eu fique!
terça-feira, abril 27, 2010
Até que o paraquedas se abra!
Há algo no jeito em que me olha - um convite velado, uma dúvida que deseja...
Um quê de provocação e seriedade que desperta o ancestral em mim.
Animal. Selvagem. Sem impedimentos ou tabus.
Um leve susto até que me acostume com essa, que apropria-se do meu corpo e faz ir além da segurança do que me é conhecido. Para em seguida, alegrar-me verdadeiramente com minha falta total de juízo! Um piscar de olhos e lá estou: pulando do abismo, infinito à minha frente.
Há um gozo indescritível... até que o paraquedas se abra!
Um quê de provocação e seriedade que desperta o ancestral em mim.

Um leve susto até que me acostume com essa, que apropria-se do meu corpo e faz ir além da segurança do que me é conhecido. Para em seguida, alegrar-me verdadeiramente com minha falta total de juízo! Um piscar de olhos e lá estou: pulando do abismo, infinito à minha frente.
Há um gozo indescritível... até que o paraquedas se abra!
sexta-feira, abril 23, 2010
Tão longe..., tão perto!
Ainda não aprendi a sentir saudade sem aquela dorzinha aguda...
Aquela que faz lembrar de dias claros, risadas boas, e flor cor de sol.
Tão longe e tão perto!!
... e para quê hein?
Sim, eu sei, sou hedonista!!
Mas no fundo, como todo mundo, quero apenas ser, ou melhor, estar feliz.
O resto, para mim, é uma grande bobagem!
Aquela que faz lembrar de dias claros, risadas boas, e flor cor de sol.
Tão longe e tão perto!!
... e para quê hein?
Sim, eu sei, sou hedonista!!
Mas no fundo, como todo mundo, quero apenas ser, ou melhor, estar feliz.
O resto, para mim, é uma grande bobagem!
domingo, abril 18, 2010
Minha pequena Salomé (ensaio para uma verdadeira escrita)
É você minha femêa ancestral. Minha Salomé.
Dança nua no palco do meu incosciente.. um piercing no mamilo esquerdo, um sorriso largo, um hálito quente no ouvido...
Puxou-me para junto de seu corpo e me levou no vai e vem de sua coreografia frenética, sempre olhando-me nos olhos e dizendo o quanto... Inebriada, ainda sinto teu cheiro em mim, me deixei levar...
E eu, ciente de mim e de ti, sem medo, sorrio diante do abismo do teu sexo.
..) Por que não me olhas, Iocanaan? Teus olhos, que eram terríveis, tão cheios de ódio e escárnio, estão fechados agora. Por que estão fechados? Abre-os! Ergue as pálpebras, Iocanaan! Por que não me olhas? Estás com medo de mim, Iocanaan, e por isso não me olhas? E a tua língua, que era como uma serpente vermelha expelindo veneno, não se move mais, nada diz agora, Iocanaan, aquela víbora vermelha que cuspilhava veneno contra mim? É estranho, não? Como é que a víbora vermelha já não se move?... Consideraste-me ninguém, Iocanaan. Desprezaste-me. Pronunciaste ignóbeis palavras contra mim. Trataste-me como uma meretriz, uma dissoluta, a mim, Salomé, filha de Herodíade, princesa da Judéia! Bem, Iocanaan, eu estou viva; mas tu estás morto e tua cabeça me pertence (...) Salomé no drama teatral de Oscar Wilde
domingo, abril 04, 2010
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