quinta-feira, junho 24, 2010

...da minha humanidade.

Nasci leve.
Dois quilos e cem.
Leve e silenciosa.
Horas sozinha no berço observando o ser das coisas.
Cresci em alvoroço!
Sem soltar a voz. Falando muito. Calando tanto quanto.
Doía em mim o peso da palavra. A força das coisas.
Amadureci questionando.
Peso. Força. Palavra.
Qual a ordem das coisas?
... o viver desenroulou-se perdendo peso, ganhando força, dando à palavra a alma que lhe é própria.
E ainda há tanto por fazer!
Quero meus dias leves e intensos.
Quero a palavra possível e exata!
Quero o possível, mas o melhor, da minha humanidade!

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