quinta-feira, julho 08, 2010

Travessia de fantasmas

Levanto-me na tentativa de ver o que há mais à frente, mas a neblina cerrada oculta as margens do rio e as águas mais ao longe.

Soam os remos no rio e ecoam em minhas memórias:

Indiferença e solidão... E lá estou eu, pequena ainda, em meu quarto, remexendo meus brinquedos, tentando dar corpo e fazer “disso” que me dói e não posso entender uma fábula de bonecas, que me explique e me salve.
Um turbilhão de sentimentos que sem serem indiferença e solidão me tomam como se o fossem; desvios de olhares, beijos sem vontade, palavras rudes, falta de tempo...
Amores perpassados por essa verdade, fadados a caber nessa marca.

A travessia segue... Tento refazer o caminho, encontrar outros afluentes, desfazer os nós do novelo das imagens que me significam.
Não sei como seguir.

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