segue a correnteza do desejo,
suas águas levando para além o que já foi satisfeito...
O cigarro queimando no cinzeiro,
enquanto eu, esquecida de mim, observo seus movimentos lentos: o copo, a boca, a mão... Embriaga pelo cheiro sutil que exala do seu corpo, desconcentro-me e troco as palavras: pele, pelo, saio, seio, centro, dentro... Você ri, fingindo não saber o que se passa, mantém o jogo que tanto me excita... Impossibilidade que faz crescer a vontade. Vontade que me faz crer na quebra da censura imposta.
A noite te busco em outros rostos. Encontro em outros braços a intimidade que já não temos.
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