quarta-feira, fevereiro 17, 2010

PASSADO Á MINHA PORTA


Estou viva. Tão viva que até nem sei. Não quero que isso acabe. Quero viver as últimas consequências. Quero o sangue das mordidas. Quero o olhar das entrelinhas. Quero a dor das partidas. Pois no gozo do encontro me entrego e ainda sou eu. Aquela que te olhou ao amanhecer do dia, quase menina, permanece em mim.
A caixa de pandora, presente seu, não cessa. Quase cega de tanta luz, vivo por instinto. Aquele fogo que acendemos à noite, para iluminar nossas palavras, ainda arde e tudo o que digo vem enfeitiçado de saber. Eu que sempre dele tudo quis... Temo e choro. Teço o amor e não amorteço.
Eu que já sonhei futuro, Não espero nada da vida. O instante já é o meu desejo. Amanhã eu não sei... Repito-me: MEU CORPO É MINHA ALMA!!! PERDOEM-ME OS QUE CRÊEM NA MALDADE DA SERPENTE, TENHO-LHE ENORME GRATIDÃO!
Parece madrugada. Pareço embriagada. Que dia é esse que me acorda? Que pulsa tanto, que me faz tremer? Temer? De jeito nenhum. Estou à beira do abismo. Eu que tenho vertigem. Fascinada com o perigo sigo adiante.




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